"Academias do IFSP" conecta alunos e grandes empresas de tecnologia
Há menos de um mês, uma equipe de estudantes do IFSP voltou da China com o segundo lugar no pódio da final global Huawei ICT Competition, uma competição de inovação e tecnologia promovida pela Huawei. Esse é melhor resultado (por enquanto!) de uma iniciativa promissora que vem sendo desenvolvida dentro do Instituto: o Grupo de Trabalho de Academias do IFSP.
O grupo atua desde 2019 na organização e no gerenciamento de acordos com grandes empresas de tecnologias para a implantação de programas educacionais e treinamento tecnológico dentro da instituição. Essas parcerias possibilitam a formação de professores e a oferta de cursos de certificação aos nossos alunos. À Frente do projeto estão os professores Márcio Andrey Teixeira (Campus Catanduva), Clayton Eduardo dos Santos (Campus Bragança Paulista), Cristiano Alves Pessoa (Campus Guarulhos) e Julio Cesar de Oliveira Brito (Campus Hortolândia), que contam com o apoio da Agência de Inovação (Inova IFSP).
Márcio acredita ser fundamental que as instituições de ensino preparem seus alunos para lidar com um mercado de trabalho cada vez mais exigente em relação às habilidades tecnológicas, e é aí que entram as Academias do IFSP. Os programas de treinamento e educação permitem aos alunos ampliarem seus conhecimentos em áreas como inteligência artificial, Cloud Computer e segurança cibernética. “Também fortalecem a relação entre o mercado e as instituições de ensino e incentivam a pesquisa e a inovação, permitindo que esses alunos desenvolvam soluções para problemas reais e apliquem seus conhecimentos em projetos práticos”, conta.
No IFSP, até o momento foram implantadas as academias AWS, Cisco, Huawei, VMware, Oracle e Read Hart. Funciona assim: o grupo de trabalho vai atrás das empresas de tecnologia para firmar parcerias que permitam a implantação das academias na instituição. Com as academias abertas, conforme esclarece Márcio, os professores envolvidos recebem capacitação das empresas e depois repassam os conteúdos aos alunos por meio das disciplinas que ministram ou por meio de cursos de Extensão. A parceria permite que os alunos tenham acesso aos materiais disponibilizados pelas empresas e tirem certificações nas tecnologias ofertadas por essas elas.
Até agora, aproximadamente mil estudantes já foram capacitados, e os resultados vem chegando. Além da conquista na China, alunos do IFSP já foram campeões nacionais na competição da AWS Jam em 2020; receberam Menção Honrosa da Cisco como academia destaque de 2022 dentro da Redes Federal; garantiram o 2º lugar na Trilha Cloud Computing e o 4º na Trilha Network da Huawei ICT Competition 2022 — Brasil.
Aqui e na China
A equipe formada pelos estudantes Amanda Souza, Everton Rodrigues e Gabriela Cordeiro, todos do quinto semestre do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Campus Guarulhos, conquistou o segundo lugar na etapa global da Huawei ICT Competition, realizada na China entre 20 e 29 de maio. Eles chegaram à final mundial após vencerem a trilha Innovation da etapa latino-americana (Latam) da competição.
Os estudantes, orientados pelo professor Cristiano, levaram para a China o projeto Tech Care , vencedor da etapa latino-americana (nessa etapa as equipes tiveram que resolver uma demanda social, médica ou da indústria utilizando tecnologia da Huawei). O projeto consiste em um assistente virtual para atendimento de demandas médicas durante procedimentos cirúrgicos. A aplicação tem a finalidade de permitir a consulta de exames e do histórico paciente de forma prática e rápida — atualmente os médicos precisam consultar essas informações em uma máquina fora da sala de cirurgia, o que demanda um tempo essencial para o atendimento.
Cristiano faz questão de lembrar que participação do IFSP neste e em outros eventos ocorre graças ao trabalho do GT Academias IFSP, e que a conquista na China aponta que esse é o caminho certo quando se pensa em entregar algo que faça a diferença para a comunidade. “É uma grande satisfação saber que o projeto elaborado junto com os alunos está de acordo com as necessidades de uma competição tão forte. Disputamos com países da Ásia, África, Europa e América Latina, isso com certeza tem um significado especial”.
Na visão de Amanda, a conquista do segundo lugar demonstra que as universidades públicas do Brasil formam estudantes e profissionais de excelência, prontos para se destacarem pelo mundo. “Todos os esforços dedicados aos estudos, às pesquisas e às incontáveis horas de criação e reavaliação valeram a pena”, diz. Ainda segundo a estudante, enfrentar o desafio de uma competição internacional permite o desenvolvimento de habilidades essenciais, entre elas trabalho em equipe, pensamento criativo, resolução de problemas, comunicação eficaz e gerenciamento de projetos.
Tanto Amanda quanto seus companheiros de equipe, Everton e Gabriela, acreditam que essa experiência traz um excelente impulso para suas carreiras estudantil e profissional. Eles afirmam que saem do processo com conhecimentos técnicos, habilidades valiosas e network significativo. Além disso, estão com aquela sensação de dever cumprido de quem consegue proporcionar visibilidade global para si e para a instituição à qual pertencem.
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