Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Suporte CTI > Notícias > Vamos construir juntos uma Cultura de Paz?
Início do conteúdo da página

Vamos construir juntos uma Cultura de Paz?

Criado: Sexta, 28 de Abril de 2023, 09h00

O que é Cultura de Paz?

A expressão Cultura de Paz está relacionada a uma visão de mundo que tem como foco o diálogo e a mediação na resolução dos conflitos. Ela significa um compromisso de abandonar completamente atitudes violentas de qualquer natureza (física, psicológica, verbal, moral) e assumir a diversidade e a solidariedade como princípios norteadores dos nossos processos de comunicação e das nossas relações de comunidade. A Cultura de Paz pode ser encarada como um princípio não apenas ligado à macropolítica, como também às relações cotidianas entre as pessoas. Desse modo, todos nós temos a responsabilidade de contribuir para sua realização, em cada pequeno gesto ou ação do dia-a-dia. 

 

Quais são as principais características ou palavras-chave de uma Cultura de Paz?

Cultura de Paz

 

Como eu posso ajudar a promover uma Cultura de Paz no IFSP-BRA?

Você pode contribuir para isso de várias formas. O primeiro passo é sempre fazer a autocrítica. Geralmente, é muito fácil observar nos outros atitudes que incomodam ou prejudicam o ambiente educativo do campus. Por outro lado, analisar criticamente nossas próprias atitudes costuma ser mais difícil para a maioria de nós. Não custa nada lembrar que somos todos humanos, portanto, somos imperfeitos e certamente cometemos erros e indelicadezas ao longo de nossas vidas, mesmo sem intenção. Para viver em sociedade de forma responsável e solidária, é fundamental estarmos sempre atentos às nossas próprias falas e ações, em uma espécie de constante vigilância, para garantir que nossa presença no mundo não diminua a presença do outro. Atualmente, essa vigilância deve ocorrer tanto nas relações presenciais quanto nas interações virtuais, isto é, na maneira como utilizamos as ferramentas de comunicação e as redes sociais. 

Outra forma de colaborar para a construção de uma Cultura de Paz é sempre tentar resolver os conflitos por meio do diálogo e da compreensão empática. Isso certamente é um desafio para todos nós, especialmente quando temos que lidar com pessoas difíceis, cujas atitudes nos incomodam de alguma forma. Mas se apenas abandonarmos o diálogo e a postura solidária, que alternativas nos restam? Você também pode pedir ajuda. Em casos de conflitos maiores, pode ser necessário um processo de mediação desse momento de diálogo, que geralmente requer autocrítica e amadurecimento de todas as partes envolvidas.  

 

E as redes sociais, como entram nessa história?

Também é fundamental estarmos todos vigilantes com relação aos conteúdos que acessamos, curtimos e compartilhamos nas redes sociais. A realidade que vivemos não é feita só de ações concretas no mundo material: ela também é construída por palavras, símbolos e ideologias, que muitas vezes começam a ter efeito no campo simbólico e acabam moldando visões e percepções do mundo, acarretando em ações concretas que transformam a realidade. Sendo assim, todos nós devemos avaliar de forma responsável quais palavras, símbolos e ideias escolhemos seguir e passar adiante. Com certeza alguns cuidados no uso das redes sociais podem ajudar na construção de uma Cultura de Paz, entre eles:

  • Não curtir ou compartilhar conteúdos que incentivem qualquer forma de violência como ação válida ou aceitável. 
  • Não realizar nem incentivar o bullying digital, nem mesmo se utilizar das redes sociais para incentivar o bullying em sua forma presencial.   
  • Não seguir ou compartilhar páginas, grupos ou publicações com discursos de ódio ou ideologias extremistas.
  • Não disseminar mensagens ou ideias que ataquem minorias ou grupos sociais, étnicos ou culturais específicos. 
  • Não compartilhar fake news ou pseudociência, buscando sempre as publicações com base em evidências amplamente corroboradas pela comunidade científica. 

Atitudes como essas, além de violarem os direitos humanos e as liberdades individuais básicas, também têm consequências criminais. Ao invés disso, você pode contribuir para a divulgação de valores, conceitos e princípios da paz, da diversidade, dos direitos humanos e da democracia. 

 

Comunicação Não Violenta: uma importante ferramenta para a construção de uma Cultura de Paz

Já entendemos que a Cultura de Paz preza pela não violência na resolução de conflitos, priorizando sempre o diálogo e a compreensão empática. Mas nem sempre percebemos com clareza todas as nuances dos nossos atos de comunicação. O ser humano é um ser integral, com dimensões racionais, emotivas, ideológicas, espirituais, morais, políticas, entre outras, e todas essas dimensões existem em cada um de nós de forma interconectada, sendo muitas vezes difícil separá-las e compreendê-las bem. Muitas vezes achamos que estamos sendo racionais em uma fala ou ação, mas na prática é muito raro (talvez impossível) que uma pessoa consiga se comunicar de forma puramente racional, sem a influência dessas outras esferas. Em outras palavras, em tudo o que fazemos e dizemos há sempre uma emoção associada, um julgamento de valor ou uma visão de mundo. E a imposição dos nossos próprios valores, sentimentos ou percepções como sendo "a verdade" é também por si só um ato de violência, ainda que no campo simbólico. 

Para olhar com cuidado essas nuances, o conceito de Comunicação Não Violenta (CNV) pode nos ajudar. Basicamente, a CNV preza pelo diálogo e pelos princípios comuns à ideia de Cultura de Paz, mas ela adiciona um elemento chave para essa discussão: a noção de que o processo de comunicação deve ser, também, eficaz e igualitário, evitando ações que tenham como efeito classificar e rotular as pessoais. Para isso, alguns cuidados são fundamentais:

 

Na CNV é desejável: Na CNV devemos evitar:
Fazer observações objetivas. Confundir observações com juízos de valor.  
Apresentar e considerar a diversidade das opiniões.  Confundir opiniões com sentimentos/emoções. 
Considerar as necessidades individuais e coletivas. Confundir necessidades com estratégias/intenções. 
Considerar e valorizar os pedidos, solicitações, colocações.   Confundir pedidos com exigências/ameaças.

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página